MENTES BRILHANTES
A nossa alma, anseia por esperanças... Em nosso cotidiano, é possível verificarmos de modo tão sutil quanto evidente,o quanto estamos nesta busca. Vamos a um ponto de reflexão, um toque na abrangência do olhar, do seu sentir, do seu ser e estar no mundo, como captadores da experiência humana, em busca permanente e ativa da EVOLUÇÃO! Aqui estamos nós, DE FRENTE PARA O UNIVERSO.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
BRINCAR DE VIVER
Hoje ao final da tarde, após um dia de correrias, reuniões sobre assuntos diferentes em locais distantes e tantos outros afazeres, me ocorreu a seguinte frase:QUEM COMO EU, CONVIVE COM CRIANÇAS, BRINCA MAIS DE SER FELIZ. POR MAIS INFANTILIZADO QUE PARECER POSSA, O EXERCÍCIO DO BRINCAR TORNA A VIDA AMENA.
Sim, constatei a tão buscada felicidade batucando em meu peito como quem nada quer. Provei do meu próprio bálsamo, amei ver vida como um filme.
Estava ao volante em meio a um trânsito extremamente complicado num final de tarde de segunda-feira. Feliz.
Agenda cheia, muitas coisas a cumprir ainda, algumas contrariedades em meio a tantos assuntos, mil responsabilidades e um sorriso no peito.
Um vasto mix de ontens e amanhãs vinham a tona como a brindar uns aos outros: EU FUI, VOCÊ VIRÁ... TIN,TIN!
Uma frase de música "Quem me vê assim cantando, não sabe nada de mim..."
História vivida, peito aberto, saudade, recordação, planos para o futuro, projetos, busca, ações concretas, sonhos, realidade... tudo fazia uma forte e feliz trama, um trisèe, um mosaico de cores e luzes, passado, presente e futuro.
Eu sorria e pensava que a vida segue como uma engrenagem perfeita mesmo nos momentos mais incompreendidos, mesmo nos mais incompreensíveis.
Brindei sim, meu lado "moleca" sempre evidente mesmo que o pensamento extrapole barreiras a frente do tempo. Sinto-me jovem, cada vez mais a cada dia, como se cada um deles fosse uma contagem regressiva... Onde vou parar assim?!
Não importa, isso realmente não importa quando a sensação de paz e plenitude invade a sua vida e entra por sua janela da alma.
Quero manter essa criança e esse brilho, essa fonte da juventude que enquanto caminha para encerrar sua carreira tão bem escrita, carrega em si a essência de uma jornada sentindo-se plena e jovem, mais jovem do que na própria e feliz adolescência. Mais inteira.
Sem dúvidas, benesses da convivência pura e forte com a criança.
Á elas dedico esse forte sentir e esse doce manter.
O EXERCÍCIO DO BRINCAR TORNA A VIDA MAIS AMENA.
Experimentem amigos!
Externo a vocês a minha emoção com todo o bem estar deste momento.
Beijos,
Rita Corroul
terça-feira, 1 de setembro de 2009
DIA DE SOL EM SETEMBRO
Fim do silêncio !
Há risos e festa no ar.
O movimento das crianças voltando à escola, enche o ambiente de alegria, cantorias e paz.
Tudo tem cheiro e cor: bola, tinta, massinha, parque, areia, merenda, sala de aula, lapis de cor...
Há saudade expressa nos olhares que se encontram, como a dizer: que bom te ver de novo.
Por todos os lugares, transitam os meninos que fazem mover a energia para além dos muros.
Não mais balanços ao vento, nem mais espaços sem sons...
Crianças, crianças, crianças cantando alto, competindo com os passarinhos.
Há risos e festa no ar.
O movimento das crianças voltando à escola, enche o ambiente de alegria, cantorias e paz.
Tudo tem cheiro e cor: bola, tinta, massinha, parque, areia, merenda, sala de aula, lapis de cor...
Há saudade expressa nos olhares que se encontram, como a dizer: que bom te ver de novo.
Por todos os lugares, transitam os meninos que fazem mover a energia para além dos muros.
Não mais balanços ao vento, nem mais espaços sem sons...
Crianças, crianças, crianças cantando alto, competindo com os passarinhos.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
"ETIQUETA SANITÁRIA"
Hoje é o dia da volta as aulas.
As crianças - 50% dos alunos apenas), trouxeram semblantes de alegria, saudade e satisfação ao retornar.
Nós todos da escola também.
Fiz uma reunião na entrada com pais, professores e funcionários, para receber as crianças e dar maiores informações a todos, no que diz respeito a nossa conduta na escola com relação a pandemia que hora vivemos, e de acordo com as normativas dos órgãos de Saúde e Vigilância Sanitária.Orientações do Ministério e da Doutora em Vigilância Sanitária.
A nossa fala não correspondia ao nosso semblante.
Falávamos e ouvíamos, no entanto nossos olhos e sentimentos percorriam uns aos outros como a dizer: fala logo e me abraça!!!
Abraço em tempos de pandemia, melhor ser "neurolinguístico", (rsrs)...
Espero que tudo isso passe logo, pois como uma grande virtude na minha vida, sei que tenho esta maravilhosa convivência com os alunos de 3 a 6 anos... uma benção, um brinde de Deus, um presente.
Não Doutora! respeitaremos e acataremos todas as normas e etiquetas sanitárias, mas registramos aqui nosso protesto aos micro organismos... nada disso corresponde a nossa vontade de viver e interagir... Ainda nos restam os olhares!
Um beijo carinhoso e um abraço caloroso a todos... (ainda que temporariamente a distância).
As crianças - 50% dos alunos apenas), trouxeram semblantes de alegria, saudade e satisfação ao retornar.
Nós todos da escola também.
Fiz uma reunião na entrada com pais, professores e funcionários, para receber as crianças e dar maiores informações a todos, no que diz respeito a nossa conduta na escola com relação a pandemia que hora vivemos, e de acordo com as normativas dos órgãos de Saúde e Vigilância Sanitária.Orientações do Ministério e da Doutora em Vigilância Sanitária.
A nossa fala não correspondia ao nosso semblante.
Falávamos e ouvíamos, no entanto nossos olhos e sentimentos percorriam uns aos outros como a dizer: fala logo e me abraça!!!
Abraço em tempos de pandemia, melhor ser "neurolinguístico", (rsrs)...
Espero que tudo isso passe logo, pois como uma grande virtude na minha vida, sei que tenho esta maravilhosa convivência com os alunos de 3 a 6 anos... uma benção, um brinde de Deus, um presente.
Não Doutora! respeitaremos e acataremos todas as normas e etiquetas sanitárias, mas registramos aqui nosso protesto aos micro organismos... nada disso corresponde a nossa vontade de viver e interagir... Ainda nos restam os olhares!
Um beijo carinhoso e um abraço caloroso a todos... (ainda que temporariamente a distância).
sábado, 18 de julho de 2009
SOBRE O AMOR E A ETERNIDADE por ROSALÍA DE CASTRO
¡Jamás! ¿Es verdad que todo para siempre acabó ya? No, no puede acabar lo que es eterno, ni puede tener fin la inmensidad. Tú te fuiste por siempre; mas mi alma te espera aún con amoroso afán, y vendrás o iré yo, bien de mi vida, allí donde nos hemos de encontrar. Algo ha quedado tuyo en mis entrañas que no morirá jamás, y que Dios, porque es justo y porque es bueno, a desunir ya nunca volverá. En el cielo, en la tierra, en lo insondable yo te hallaré y me hallarás. No, no puede acabar lo que es eterno, ni puede tener fin la inmensidad. Mas... es verdad, ha partido para nunca más tornar. Nada hay eterno para el hombre, huésped de un día en este mundo terrenal en donde nace, vive y al fin muere, cual todo nace, vive y muere acá. Rosalía de Castro
Favorito Julio 09- 1812 overture by Piotr Ilich Tchaikovsky. Berliner Philharmoniker. Seiji Ozawa.
Favorito Julio 09- 1812 overture by Piotr Ilich Tchaikovsky. Berliner Philharmoniker. Seiji Ozawa.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
MANDALAS
Indescritiveis lapidações minúsculas de materiais diversos sobrepostas e encaixadas de modo circular, brilhantes e coloridas, absorvem o meu olhar por tempo indeterminado como que o alimentando das imagens captadas ponto a ponto, até formar o todo.
As mãos do Sr. Marson, compunham uma a uma, as obras de arte que advinham de seu talento extremo, que um dia fora depositado entre as paredes frias de um hospital de psiquiatria.
Viveu assim por um tempo este senhor que aprendi a admirar por sua simplicidade e seu dom de encantar com suas obras. Gostava de falar sobre elas, mas não delegava a elas a importância que verdadeiramente traduziam sua essência.
Por algumas vezes, fiz a ele homenagens em forma de exposições e gestos de carinho, mostrando às crianças da escola e a comunidade do bairro a tragetória daquele cidadão que sorria timidamente e que não reconhecia em si a sua grandiosidade.
Suas mãos cansadas, esculpiam a madeira com uma perfeição indescritível.Isso sim ele fazia questão de afirmar:"fiz com minhas mãos e um estilete, sem nenhuma serra ou material sofisticado.
Sofisticadas eram as obras do Sr. Marson, que abriam ao nosso horizontes, madeira esculpida em forma de renda.
Toda data importante, especialmente nos Natais, chegava a mim aquela figura simples e sorridente, trazendo um pequeno embrulho, cujo conteúdo enchia minha alma de alegria.
Eu me emocionava com sua presença.
Na última homenagem "Seo" Marson já quase não podia se expressar. Suas forças foram minando, não sem antes uma longa e árdua batalha. Não compareceu ao segundo tempo da homenagem.
Soube depois, que ele havia se permitido sorrir ao passar por através da luz do túnel, beirando talvez seus quase que 90 anos de uma vivência criativa e solitária, deixando para mim, algumas de suas obras, e a honra de ter convivido em tempo real, com um grande artista não reconhecido. Uma mente brilhante! Mente criativa!
Rita Corroul.
As mãos do Sr. Marson, compunham uma a uma, as obras de arte que advinham de seu talento extremo, que um dia fora depositado entre as paredes frias de um hospital de psiquiatria.
Viveu assim por um tempo este senhor que aprendi a admirar por sua simplicidade e seu dom de encantar com suas obras. Gostava de falar sobre elas, mas não delegava a elas a importância que verdadeiramente traduziam sua essência.
Por algumas vezes, fiz a ele homenagens em forma de exposições e gestos de carinho, mostrando às crianças da escola e a comunidade do bairro a tragetória daquele cidadão que sorria timidamente e que não reconhecia em si a sua grandiosidade.
Suas mãos cansadas, esculpiam a madeira com uma perfeição indescritível.Isso sim ele fazia questão de afirmar:"fiz com minhas mãos e um estilete, sem nenhuma serra ou material sofisticado.
Sofisticadas eram as obras do Sr. Marson, que abriam ao nosso horizontes, madeira esculpida em forma de renda.
Toda data importante, especialmente nos Natais, chegava a mim aquela figura simples e sorridente, trazendo um pequeno embrulho, cujo conteúdo enchia minha alma de alegria.
Eu me emocionava com sua presença.
Na última homenagem "Seo" Marson já quase não podia se expressar. Suas forças foram minando, não sem antes uma longa e árdua batalha. Não compareceu ao segundo tempo da homenagem.
Soube depois, que ele havia se permitido sorrir ao passar por através da luz do túnel, beirando talvez seus quase que 90 anos de uma vivência criativa e solitária, deixando para mim, algumas de suas obras, e a honra de ter convivido em tempo real, com um grande artista não reconhecido. Uma mente brilhante! Mente criativa!
Rita Corroul.
BANDEIRAS COLORIDAS
As bandeiras coloridas cintilavam no céu da escola.
Logo cedo, caipiras arrojados com suas becas remendadas, seus bigodões de rolha queimada sob chapéu de palha desfiado, desbloqueavam o frio e a garoa, entre lindas caipirinhas em seus vestidos rodados com todas as cores que se pode imaginar, acabadas em rendas ao redor.
A festa na roça estava montada.
O Mastro dos 3 Santos colocado bem no meio do arraiá, tinha estrategicamente um deles, o Antônio, de cabeça para baixo, como manda a tradição, que o santo casamenteiro assim se coloque até que os pedidos de casório venha a atender.
Som de viola, cheiro de pipoca, eternas brincadeiras juninas...
Todos dançando, correndo, brincando em mais um momento inesquecível, desta feliz realidade que é a Educação Infantil, onde quisera eu, estivessem todas as crianças, em paz, feliz e sem dor...
"EU TENHO UMA ESPÉCIE DE DEVER DE SONHAR E SONHAR SEMPRE...POIS SENDO MAIS QUE UMA ESPECTADORA DE MIM MESMA,EU TENHO QUE TER O MELHOR ESPETÁCULO QUE POSSO...E ASSIM, ME CONSTRUO A OURO E SEDAS EM SALAS SUPOSTAS... INVENTO O PALCO, O CENÁRIO, PARA VIVER O MEU SONHO ENTRE LUZES BRANDAS E MÚSICAS INVISÍVEIS "(FERNANDO PESSOA)
Rita Corroul
Logo cedo, caipiras arrojados com suas becas remendadas, seus bigodões de rolha queimada sob chapéu de palha desfiado, desbloqueavam o frio e a garoa, entre lindas caipirinhas em seus vestidos rodados com todas as cores que se pode imaginar, acabadas em rendas ao redor.
A festa na roça estava montada.
O Mastro dos 3 Santos colocado bem no meio do arraiá, tinha estrategicamente um deles, o Antônio, de cabeça para baixo, como manda a tradição, que o santo casamenteiro assim se coloque até que os pedidos de casório venha a atender.
Som de viola, cheiro de pipoca, eternas brincadeiras juninas...
Todos dançando, correndo, brincando em mais um momento inesquecível, desta feliz realidade que é a Educação Infantil, onde quisera eu, estivessem todas as crianças, em paz, feliz e sem dor...
"EU TENHO UMA ESPÉCIE DE DEVER DE SONHAR E SONHAR SEMPRE...POIS SENDO MAIS QUE UMA ESPECTADORA DE MIM MESMA,EU TENHO QUE TER O MELHOR ESPETÁCULO QUE POSSO...E ASSIM, ME CONSTRUO A OURO E SEDAS EM SALAS SUPOSTAS... INVENTO O PALCO, O CENÁRIO, PARA VIVER O MEU SONHO ENTRE LUZES BRANDAS E MÚSICAS INVISÍVEIS "(FERNANDO PESSOA)
Rita Corroul
terça-feira, 30 de junho de 2009
Teatro
Rostos ávidos por novidades, o que há de vir? o que será?
Subiram as escadarias do teatro nesta tarde fria de inverno, que os levariam a descoberta de um mundo novo e infinito: o atrium onde personagens da peça em suas roupas coloridas que se destacavam entre o clima da tarde e as escadas escurecidas, com seus instrumentos cheios de fitas coloridas, d onde ecoavam sons animados de ritmos brasileiros.
Eu contemplava tudo ao pé da escada, até o último desbravador de 3 anos, último da sua turma a entrar, aliviado por galgar tão alto desafio... e como um prêmio a esta vitória, ao deparar-se com a cena, sacudiu o corpinho salão adentro, dançando alegremente rumo a platéia, junto aos seus amigos da escola.
Pequenas e significativas descobertas de um mundo novo e imenso aos seus olhinhos brilhantes como águas calmas a luz do sol... uma semente que germina de uma consciência que evolui.
Subi então, sorvendo o espaço e a energia de todos os que com ele passaram ao mesmo tempo, e de todos os que passaram em outros tempos, outros momentos, outros sons.Sons que eu mesma reproduzi naquele velho piano da sala de espetáculos, de alunos de outros tempos, hoje já formados, das risadas de minha mãe, tão esperada em cada peça teatral...
Não resisti: segurei as mãos da dançarina de roupas coloridas, e ao som de uma música tradicional nordestina bem batucada, saimos rodopiando pelo atrium.
A emoção foi inevitável, o sorriso e o carinho também... O grupo da Companhia Teatral do casal Rick e Kelly faz 25 anos, e eu os acompanho em todas as suas peças infantis, contagiantes para meus alunos de 3 a 6 anos.
A peça faz uma trajetória desse tempo.No palco uma bela e animada orquestra com percussão nordestina, que de nossas mãos arrancava aplausos e batuques ritimados.
Ao entrar na platéia, ouvi meu nome ser chamado por outras crianças, ex alunos que passaram por minha escola, e senti seus abraços de carinho, saudades e gratidão recíproca... Convivemos!
O tempo passa! É preciso sorvê-lo e deixá-lo passar.
Para os pequenos de agora, cenas que não serão esquecidas de momentos inesquecíveis da infância e das descobertas. Eu os observava com encanto, quando a bailarina de roupas coloridas, de mãos dadas com seu marido e sua filha que vi nascer- hoje atriz que desponta - um sonoro "Rita eu te amo", entre um largo sorriso e um narizinho vermelho, estrategicamente aumentado pela maquiagem.
Minha alma que já levitava diante de tudo, agradeceu como que do alto do palco, a todos os espetáculos de teatro que vivi desde a minha própria infância até hoje, incluindo todos os que participei levando os alunos da escola.
O que é bom, dá voltas ao mundo e se eterniza, retornando num momento único que traduz o infinito de viver...
Aplausos!
Um toque suave em seu coração!
Rita Corroul.
Subiram as escadarias do teatro nesta tarde fria de inverno, que os levariam a descoberta de um mundo novo e infinito: o atrium onde personagens da peça em suas roupas coloridas que se destacavam entre o clima da tarde e as escadas escurecidas, com seus instrumentos cheios de fitas coloridas, d onde ecoavam sons animados de ritmos brasileiros.
Eu contemplava tudo ao pé da escada, até o último desbravador de 3 anos, último da sua turma a entrar, aliviado por galgar tão alto desafio... e como um prêmio a esta vitória, ao deparar-se com a cena, sacudiu o corpinho salão adentro, dançando alegremente rumo a platéia, junto aos seus amigos da escola.
Pequenas e significativas descobertas de um mundo novo e imenso aos seus olhinhos brilhantes como águas calmas a luz do sol... uma semente que germina de uma consciência que evolui.
Subi então, sorvendo o espaço e a energia de todos os que com ele passaram ao mesmo tempo, e de todos os que passaram em outros tempos, outros momentos, outros sons.Sons que eu mesma reproduzi naquele velho piano da sala de espetáculos, de alunos de outros tempos, hoje já formados, das risadas de minha mãe, tão esperada em cada peça teatral...
Não resisti: segurei as mãos da dançarina de roupas coloridas, e ao som de uma música tradicional nordestina bem batucada, saimos rodopiando pelo atrium.
A emoção foi inevitável, o sorriso e o carinho também... O grupo da Companhia Teatral do casal Rick e Kelly faz 25 anos, e eu os acompanho em todas as suas peças infantis, contagiantes para meus alunos de 3 a 6 anos.
A peça faz uma trajetória desse tempo.No palco uma bela e animada orquestra com percussão nordestina, que de nossas mãos arrancava aplausos e batuques ritimados.
Ao entrar na platéia, ouvi meu nome ser chamado por outras crianças, ex alunos que passaram por minha escola, e senti seus abraços de carinho, saudades e gratidão recíproca... Convivemos!
O tempo passa! É preciso sorvê-lo e deixá-lo passar.
Para os pequenos de agora, cenas que não serão esquecidas de momentos inesquecíveis da infância e das descobertas. Eu os observava com encanto, quando a bailarina de roupas coloridas, de mãos dadas com seu marido e sua filha que vi nascer- hoje atriz que desponta - um sonoro "Rita eu te amo", entre um largo sorriso e um narizinho vermelho, estrategicamente aumentado pela maquiagem.
Minha alma que já levitava diante de tudo, agradeceu como que do alto do palco, a todos os espetáculos de teatro que vivi desde a minha própria infância até hoje, incluindo todos os que participei levando os alunos da escola.
O que é bom, dá voltas ao mundo e se eterniza, retornando num momento único que traduz o infinito de viver...
Aplausos!
Um toque suave em seu coração!
Rita Corroul.
sábado, 16 de maio de 2009
Outono!
As sinfonias de outono, tem um ar de sofisticação.
É possível que em um local aconchegante, onde se tenha condições de não ter que lutar por frio, dor ou fome, a vida humana, ainda que pensando em alguns pontos, entregue-se a sensação de alívio, bem estar, prazer e relaxamento.
Mas, e Mady, onde estará agora abrigando suas mãozinhas tão trêmulas, finas e lisas que mais parecem peças transparentes de parafina?!
Onde se escondem agora, os olhares luminosos de criança de colo ainda, entre cachos dourados que lhe emolduram o rostinho fino e frágil, que não param de acalentar a nossa visão quando pousam no foco de nosso olhar.
Onde está você Mady, que acalento com meu pensamento,mas que ao reportá-lo a ti, torna menos aconchegante este ambiente de bem estar!
Como sermos nós, se não somos todos!
Rita Corroul.
É possível que em um local aconchegante, onde se tenha condições de não ter que lutar por frio, dor ou fome, a vida humana, ainda que pensando em alguns pontos, entregue-se a sensação de alívio, bem estar, prazer e relaxamento.
Mas, e Mady, onde estará agora abrigando suas mãozinhas tão trêmulas, finas e lisas que mais parecem peças transparentes de parafina?!
Onde se escondem agora, os olhares luminosos de criança de colo ainda, entre cachos dourados que lhe emolduram o rostinho fino e frágil, que não param de acalentar a nossa visão quando pousam no foco de nosso olhar.
Onde está você Mady, que acalento com meu pensamento,mas que ao reportá-lo a ti, torna menos aconchegante este ambiente de bem estar!
Como sermos nós, se não somos todos!
Rita Corroul.
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